quinta-feira, 26 de março de 2009

Este sempre foi dos meus poemas favoritos

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.

E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos nada que dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.

quarta-feira, 18 de março de 2009

O jogo da vida


Acho que jogo com as regras erradas

segunda-feira, 16 de março de 2009

Porquê?


Porque é que nunca me apareceu um destes na consulta? :(

quarta-feira, 11 de março de 2009

Agora já com sofá

"A place called (our) home".

sábado, 7 de março de 2009

Ando com esta música no ouvido...



É pena o resto do álbum ficar um bocado aquém.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Em tempo real...

Está a chegar o quarto...

domingo, 1 de março de 2009

Foi assim que tudo começou




Obrigada Carina. Obrigada Manel Maria.